terça-feira, 1 de outubro de 2013

Orientação de Pais e Psicoterapia Infantil

Educar não é uma tarefa fácil. A infância é a fase decisiva para a formação da personalidade, da visão de mundo e estrutura cognitiva de uma pessoa. Muitos pais não fazem ideia de como pequenas atitudes podem influenciar e marcar a estrutura psíquica de seus filhos. A maioria apenas nos procura quando a situação do filho já “passou dos limites”. Mas, mesmo que seu filho não apresente muitos problemas comportamentais, é importante você, como pai, mãe ou cuidador, saber algumas informações básicas para desenvolver em seu filho 3 características cruciais para o bom desenvolvimento emocional de uma pessoa: Auto-estima, Auto-confiança e Responsabilidade.

Além da Psicoterapia Infantil, a clínica LUCIANA RODRIGUES oferece um projeto estruturado para orientar pais que estejam com problemas com seus filhos e também para aqueles que querem apenas mais informações e orientações para lidar com os mesmos. Em alguns casos, nem é necessário atender a criança, apenas a orientação de pais já é suficiente.




Ao atender crianças, a Orientação de Pais se torna uma peça fundamental. Realizar Psicoterapia Infantil é impossível sem trabalhar com os pais, pois os problemas das crianças ocorrem muito mais no dia-a-dia e são os pais e/ou responsáveis quem os acompanham. Para modificar o ambiente de uma criança, os pais devem tornar-se capitães associados ao psicólogo. Se os pais e o psicólogo não estiverem trabalhando no mesmo “plano de jogo”, as crianças recebem sinais confusos e a efetividade da intervenção diminui.

Temos uma sala específica para atender crianças, toda decorada, com brinquedos e preparada para elas!


Se você está com dúvidas com relação ao desenvolvimento emocional do seu filho, quiser orientações específicas ou se tiver uma criança com dificuldades comportamentais, nos procure, teremos prazer em orientá-lo.





Programa de auto-controle para Compulsão Alimentar e Obesidade

As estatísticas sobre a incidência da obesidade são muito altas. A maior preocupação em torno da obesidade se dá pelo fato de ela ser um grande risco à saúde. A obesidade é um transtorno complexo no qual intervêm múltiplas variáveis genéticas, biológicas, psicológicas, comportamentais e sociais.
Muitas pessoas, sendo ou não obesas, têm o comportamento de compulsão alimentar, o que pode se associar à perda de auto-estima, mudanças de humor e distração. Não é raro que o excesso de peso cause uma visão distorcida de auto-imagem, auto-percepção das necessidades básicas do organismo, assim como das emoções, sendo atribuídos e expressos na compulsividade ao comer.



Sendo assim, vemos a necessidade de uma intervenção adequada, com modificações nos hábitos de vida, através do estímulo à alimentação balanceada e atividade física regular e, com grande relevância, incorporamos todos os aspectos psicológicos relacionados à obesidade e/ou compulsão alimentar, enfocando itens como: reforços e motivação para dieta e exercícios físicos, pensamentos e sentimentos associados ao comportamento de comer, modificação de estímulos associados ao comportamento de comer, principais barreiras e dificuldades, dentre vários outros aspectos.


Existe uma parceria com profissionais na área de Nutrição e Educação Física para melhor concretização deste programa.


Procure nossa equipe. Você consegue controlar seu comportamento de comer. Estamos à disposição para ajuda-lo.

Programa para Parar de Fumar



A pessoa que fuma fica dependente da nicotina. Considerada uma droga bastante poderosa, a nicotina chega ao cérebro em apenas 7 segundos após ser inalada. As pesquisas mostram que o tabagismo é responsável por 200 mil mortes por ano no Brasil. Quem fuma apresenta riscos de saúde maiores comparados aos não-fumantes:
- 10 vezes mais chances de adoecer de câncer de pulmão
- 5 vezes mais chances de sofrer infarto
- 5 vezes mais chances de sofrer bronquite crônica e enfisema pulmonar
- 2 vezes mais chances de sofrer derrame cerebral
- Impotência sexual no homem
- Complicações na gravidez
- Úlceras no aparelho digestivo
- Trombose vascular





Por tudo isso, é necessário que haja uma atuação múltipla (médica, psicológica, social, educacional) com o objetivo de intervir nas graves consequências produzidas pelo cigarro.


O PROGRAMA PARA PARAR DE FUMAR consiste em uma intervenção psicológica que visa auxiliar a pessoa a abandonar o cigarro. Neste programa, o cliente terá contato com uma série de técnicas psicológicas avançadas (cognitivas e comportamentais) que lhe darão suporte na cessação do hábito de fumar. O tratamento desenvolvido baseia-se em pesquisas desenvolvidas nacional e internacionalmente com eficácia comprovada, de forma que 85% das pessoas que realizaram o programa conseguiram total abandono do cigarro. A linha do tratamento consiste em uma retirada gradual do cigarro e, em cada fase da retirada, o psicólogo dará o suporte necessário, o cliente terá uma orientação de estratégias psicológicas que pode realizar para diminuir a angústia e só passará para a fase seguinte quando já estiver preparado física e psicologicamente. Há uma parceria com profissionais de medicina para intervenções médicas necessárias.
A pessoa interessada em iniciar o programa deverá entrar em contato com a equipe da clínica LUCIANA RODRIGUES para realizar uma avaliação prévia do seu comportamento de fumar e outros comportamentos associados.




“Pouco a pouco, você se tornou um fumante.
Da mesma forma, aos poucos, você conseguirá ser um fumante controlado.

Em seguida, você conseguirá se tornar uma pessoa livre do cigarro”


Projeto de Orientação Vocacional

O momento da escolha profissional é uma parte muito importante da vida. Quem escolhe não está escolhendo somente uma carreira, está pensando num sentido para sua vida, deixando o ser adolescente e escolhendo um ser adulto, o que gera muitos conflitos e crises.
A orientação vocacional e de carreira tem como objetivo facilitar a escolha profissional de forma consciente e planejada, auxiliando o indivíduo na busca do alcance de seus objetivos e metas pessoais.
O trabalho de orientação vocacional consiste em um processo que inclui entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, técnicas de visualização, projeção de futuro e orientação de carreiras.


O papel do psicólogo será o de proporcionar experiências e oportunidades de exploração e confronto com o mundo das profissões.

A adequação do indivíduo à profissão constitui-se como uma base fundamental para a realização pessoal.

PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL



A psicoterapia cognitivo-comportamental constitui um conjunto de técnicas de avaliações e intervenções com o objetivo de auxiliar o indivíduo em situações de crise, sofrimento emocional, dificuldades de relacionamento ou simplesmente na busca de desenvolvimento pessoal. O tratamento nesta abordagem é breve e focado no problema a ser trabalhado. É uma psicoterapia dinâmica, moderna, adequada às demandas atuais e bem respeitada por médicos, psicólogos, pesquisadores e diversos profissionais. Sua eficácia é cientificamente comprovada.

Trabalha com os seguintes aspectos:

- Área Cognitiva: Partimos do pressuposto de que a forma com a qual enxergamos o mundo, a vida, nós mesmos, os outros e as situações é que determina nossos sentimentos e comportamentos. Em outras palavras, dependendo da forma com que a pessoa interpreta aspectos da realidade determinará reações emocionais diferenciadas que induzirá realizar diferentes ações. Por exemplo: uma pessoa não te convidou para ir em um evento; se você interpretar isso como sendo que a pessoa não gosta de você, passará a sofrer e agir como se isso fosse verdade, ou seja, se sentir excluído, inferior, passa a evitar conversar com a pessoa. Agora, supondo que você interprete isso como sendo algo natural, que talvez fosse um evento que você não gostasse, ou a pessoa iria chamar um outro grupo de amigos, com certeza, suas reações emocionais e sua ação serão completamente diferentes. O objetivo da psicoterapia cognitiva busca proporcionar mudanças nos pensamentos, percepções dos eventos e no sistema de crenças negativas, o que resulta em mudanças emocionais e comportamentais duradouras.


- Área Comportamental: De acordo com os princípios comportamentais, o ambiente é uma grande fonte de controle dos comportamentos. Buscamos, durante as intervenções, realizar alterações no cotidiano da pessoa que procura ajuda: hábitos, relacionamentos, rotina, etc. A Ênfase do problema é o tipo de relação da pessoa com o que ocorre no seu dia-a-dia. Significa que todas as estratégias que uma pessoa utiliza para lidar com as situações, tanto as positivas como as negativas, são aprendidas. O principal papel do psicólogo é ajudar a pessoa a perceber como as diferentes situações afetam seu comportamento, e também que é  possível aprender maneiras alternativas de agir. As principais técnicas utilizadas são: Treino em Resolução de Problemas, Treino em auto-controle, Treino em Habilidades Sociais, Treino em auto-instrução, Reforços de comportamentos adequados e Punições de comportamentos não adequados.


Indicações para os seguintes casos:
- Dificuldades de relacionamentos em geral;         
 - Baixa auto-estima;
- Depressão;
- Problemas comportamentais;
- Problemas de aprendizagem;
- Estresse e ansiedade;
- Transtorno de Pânico;
- Ansiedade generalizada;
- Crises de transição de vida (ex: adolescência, meia-idade);
- Doenças sem causas físicas;
- Transtornos alimentares (anorexia, bulimia, obesidade e compulsão alimentar);
- Dificuldades de controle de impulsos (cigarro, bebidas, comidas, jogos, compras);
- Dificuldades sexuais;
- Obsessões, manias e compulsões;
- Fobias e medos diversos;
- Traumas;

- Perdas e luto.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Oniomania: O desejo compulsivo de COMPRAR

Sim, é bem diferente de um mero consumismo. Pessoas que possuem Oniomania (vício em compras) admitem um desejo incontrolável de comprar. Você tem dificuldades em ir ao shopping e sair sem nenhuma sacola de compras, mesmo sem estar precisando de nada e nem estar em condições financeiras de realizar tais compras? Conhece alguém assim? Esse pode ser um dos sinais.



Compras excessivas podem ser consideradas um transtorno quando começam a acontecer prejuízos financeiros e emocionais e, ainda assim, a pessoa continua recorrendo às compras buscando vivenciar prazer, mesmo se sentindo extremamente culpada quando os prejuízos começam a surgir.

Sabe-se que a oniomania emerge de sentimentos de vazio, ansiedade, tristeza e frustração. Quando uma pessoa não consegue resolver bem seus sentimentos, tenta supri-los adquirindo coisas novas como única forma de prazer. Comprar traz alívio momentâneo. Mas o arrependimento surge logo em seguida.



Algumas preguntas básicas para você se fazer:

- Não resiste ao impulso de comprar?
- Gasta mais que o planejado e se prejudica financeiramente?
- Impede ou prejudica seus planos e os planos das pessoas à sua volta?
- Precisa comprar de qualquer forma, independente do produto comprado?
- Assume dívidas acima de cinco vezes o valor de sua renda mensal?


Se a maioria das respostas for SIM, já existem alguns alertas para o seu hábito de comprar.

Esse vídeo suscinta bem o comprar compulsivo:

http://www.youtube.com/watch?v=hzPZ3PEhcRU



A principais dicas para você que se identifica com estes sinais ou conhece alguém que se identifica são estas:

- Corte todas as formas de crédito, como cheques e cartões de crédito;
- Peça para que uma outra pessoa da família assuma o controle de suas finanças até que você consiga ter um maior controle sobre o hábito de comprar.



Existe tratamento! Os tratamentos psicológicos cognitivo-comportamentais têm se mostrado bastante eficazes no controle do impulso de compras!

O diagnóstico só pode ser realizado precisamente por profissionais na área de saúde mental! Se você estiver em dúvida ou achar que algum conhecido pode se identificar com essas características, não deixe de procurar um profissional para fazer a avaliação!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Compulsão Alimentar



“Doutora, comi 1 pacote de bolachas, tomei 1 litro de refrigerante, 1 pote de sorvete, 1 barra de chocolate, 1 lata de doce de leite”. Sim, este é o relato de um paciente que sofre com o Transtorno de Compulsão Alimentar. Este é um de muitos depoimentos que escuto diariamente em consultório e estudos sobre o assunto. O sofrimento é grande, pois a pessoa tem grande dificuldade de controlar seu impulso de comer e, após a ingestão desta grande quantidade de comida, surge um grande sentimento de culpa, além dos malefícios que estas compulsões podem gerar na saúde.
Talvez você não chegue a sofrer do transtorno nesta magnitude, mas possui episódios de compulsão alimentar que te trazem prejuízos.

 Como identificar?
Observe se você se enquadra nestes critérios?
§      - Comer uma quantidade muito acima do que a maioria das pessoas consumiria num espaço de tempo relativamente curto (ex: 2 horas);
§        -Ter a sensação de falta de controle durante um episódio de compulsão (não conseguir parar ou controlar o que está comendo);
§        -Comer bem mais rápido que o normal;
§        -Sentir repulsa por si mesmo, depressão ou culpa depois de comer excessivamente.
 Se você se enquadra nestes critérios, fique atento. O ideal e que você procure ajuda profissional, mas disporei algumas dicas para te ajudar!
Os estudos e as experiências profissionais mostram claramente que situações de ansiedade, medo, mudanças e emoções como tristeza, tédio e raiva podem desencadear os episódios de comilanças. Você pode perceber uma relação destas emoções com os momentos que você mais come sem estar com fome.

Mas existe um perigo, CUIDADO: DIETAS MUITO RESTRITIVAS PODEM PIORAR O PROBLEMA. Não pense que ficar longas horas sem comer ou simplesmente cortar radicalmente seu cardápio irá resolver o seu problema. Se você ficar muito tempo sem comer, as chances de que na próxima alimentação você coma compulsivamente são altíssimas.
Não vou me delongar muito falando das causas, mas já gostaria de falar sobre algumas dicas.

Como posso diminuir esta compulsão?
Procure seguir estas 8 dicas que te ajudarão a ter controle sobre seu comportamento alimentar:
1- Faça um auto-registro de sua alimentação: faça uma tabela na qual, a cada refeição, você escreva os alimentos ingeridos, quantidade de calorias, onde estava, sentimentos que tinha (medo, ansiedade, tristeza). Ao anotar, você automaticamente passará a compreender um pouco melhor seu comportamento alimentar e também a policiá-lo.





2- Faça um quadro (ou tabela) com figuras: de um lado do quadro, você coloca imagens de alimentos gordurosos e, do mesmo lado, uma pessoa com alto peso e também nomes de doenças que podem surgir decorrentes de má alimentação. Do outro lado do quadro, você coloca imagens de alimentos mais saudáveis e uma imagem de pessoa saudável. Fixe este quadro em sua geladeira, ou em seu quarto para que, vendo as imagens, você visualize as conseqüências no momento em que vai comer.








         3- Siga RIGOROSAMENTE os horários de alimentação: não deixe de comer sempre de 3 em e horas, mesmo se você não estiver com fome. Isso fará com que você acelere seu metabolismo e coma em porções menores, evitando episódios de compulsão alimentar.

       4- Preste atenção em seus pensamentos: quando sentir vontade de comer compulsivamente, preste atenção nas verbalizações que está fazendo para você mesmo, mesmo que seja em pensamentos. Exemplos: “Tenho mil coisas para fazer”, “Está tudo muito chato em minha vida”. Estes pensamentos provocam ansiedade, tristeza, e isso faz com que você, sem perceber, comece a compensar todos esses sentimentos negativos na comida na tentativa de aliviá-los. Vá direto na causa dos problemas.



         5- Não coma em frente à TV ou computador: comer nestas situações é quase uma garantia de que você irá comer demais, pois você não está concentrado no que está comendo nem prestando atenção no sabor do alimento e na velocidade da mastigação. Na verdade, você está concentrado no que você está vendo e o alimento está servindo apenas como mais um acessório do seu prazer ou para descarregar sua ansiedade. Esta é uma grande armadilha.

6      6- Desacelere e coma devagar: você deve fazer do momento de refeição um momento agradável para si mesmo e/ou um bom momento em família (por isso também evitar comer em frente à TV) . Por isso, ao invés de comer depressa (que é indicativo de ansiedade), coma mais devagar e desfrute do sabor do alimento. Quando você come depressa, sua ansiedade é tamanha que você nem percebe quando já está saciado, e acaba comendo bem mais do que o necessário.





7       7- Não coma quando estiver entediado: é muito comum, em momentos de tédio (principalmente quando se está em casa), as pessoas comerem pelo fato de não ter o que fazer. Se você fizer isto, vai se ver “beliscando” comidas o tempo todo. Você não come por fome, mas por tédio. Ocupe seu tempo com outras atividades.

8      8- Pratique exercícios físicos: além de ser essencial para a saúde e para o emagrecimento, o exercício físico reduz a ansiedade. Ao invés de descontar ansiedade na comida, procure fazer um exercício que te agrade.


        Se você tiver maiores dificuldades para controlar sua compulsão, procure ajuda profissional. Nestes casos, para melhores resultados, o ideal é realizar um tratamento médico, psicológico e nutricional em conjunto. 
      
        A terapia cognitivo-comportamental, com que trabalho, é a mais indicada terapia psicológica para casos de compulsão alimentar.

               Espero ter te ajudado! Sucesso no seu desafio!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Controlando seus impulsos



Você sabe que controlar impulsos não é algo muito fácil. Você já deve ter passado por algumas situações parecidas com essa: “ataques” à geladeira mesmo quando você não está com fome (só por ansiedade); comprar mais coisas do que devia e se encontrar em meio à dívidas inesperadas; se envolver em discussões ou brigas que, após a situação, você percebe que não valeu a pena, etc. São situações em que você age antes de pensar. Em outras palavras, um impulso serve como alívio ou gratificação no momento do ato do impulso e gera culpa após a situação. Todos nós temos impulsos, eles não são sempre ruins. Entretanto, quero falar com você neste texto sobre aqueles impulsos que não são saudáveis, que te trazem conseqüências desagradáveis. Os transtornos de controle de impulsos têm sido, atualmente, uma das maiores causas de sofrimento psíquico.

http://blogs.jovempan.uol.com.br/medicodefamilia/files/2013/03/compulsao.jpgGostaria de citar os impulsos mais comuns na atualidade:

*      Comer compulsivo;
*      Compras compulsivas;
*      Dependência de drogas;
*      Dependência de álcool e cigarro;
*      Jogo compulsivo;
*      Dependência de medicamentos;
*      Compulsão por sexo;
*      Impulsos agressivos;
*      Dependência de internet.

http://www.terapiaemdia.com.br/wp-content/uploads/2010/01/compra.jpgTodos estes comportamentos (comer, comprar, jogar, fazer sexo, agressão, fumar, beber, usar drogas) proporcionam alto nível de prazer quando estão sendo realizados; contudo, quando feitos em excesso e em ocasiões desnecessárias, causam consequências ruins e sentimentos de culpa. Exemplos: comer compulsivamente aumenta o peso; comprar e jogar compulsivamente provocam prejuízos financeiros; internet em excesso desencadeia prejuízos em várias áreas da vida; impulsos agressivos atrapalham relacionamentos sociais, etc.
http://www.situado.net/fotos/2009/05/como-dar-fim-a-brigas-na-escola.jpgOs impulsos relacionados ao uso de drogas, álcool, cigarro e medicamentos possuem um agravante: não é apenas o prazer do comportamento por si só que faz com que a pessoa queira repeti-lo, mas existem componentes biológicos que fazem com que a pessoa não consiga mais viver sem o uso da substância. A estes impulsos chamamos de DEPENDÊNCIA QUÍMICA. Os outros impulsos acima citados chamamos de DEPENDÊNCIA COMPORTAMENTAL.

Estarei dispondo neste blog, nos próximos dias, textos específicos para cada um destes impulsos: comer compulsivo, compras compulsivas, impulsos agressivos, dependência de internet e dependência química em geral.

Colocarei algumas dicas práticas sobre como lidar com cada um desses impulsos!

Acompanhe!

segunda-feira, 4 de março de 2013

Será que eu estou distorcendo a realidade?



A realidade nem sempre é como a vemos. Você já deve ter passado por uma situação em que interpretou a realidade de uma forma e, quando foi pensar racionalmente, não era tão catastrófica como você pensou. Por exemplo: “Terminar este relacionamento será a morte para mim” ou “eu não consigo viver sem ele (ou ela)”; mas, analisando de uma forma mais racional, pense comigo: você vai realmente morrer se terminar um relacionamento? Sua vida realmente acaba quando você está longe da pessoa amada, ou você ainda tem outras coisas na sua vida, como família, amigos, profissão e saúde? Bom, este é um dos muitos exemplos das chamadas distorções cognitivas, ou seja, são erros de pensamentos que você tem a respeito da realidade e de si mesmo e, na maioria das vezes, são por causa destas distorções que sofremos.
 
Para você compreender melhor, vou utilizar uma metáfora. Imagine que você use óculos e as lentes dos seus óculos estejam embaçadas. Com as lentes embaçadas você olha para uma árvore que, em realidade, é linda, grande, com as folhas bem verdes e muitos belos frutos. Contudo, como suas lentes estão embaçadas, como você vai enxergar essa árvore? Talvez você a verá como opaca, sem graça, embaçada, sem vida. Mas a árvore não é assim, é você que está vendo-a desta forma por causa das lentes embaçadas. Agora imagine que você limpe as lentes dos seus óculos, os coloque e olhe para a mesma árvore. Ah, com certeza você já terá outra visão! Você enxergará a árvore mais nitidamente, bonita, do jeito que ela realmente é. A partir desta metáfora que eu gostaria que você compreendesse as distorções cognitivas. Elas são suas lentes embaçadas, te impedem de ver a realidade de uma forma racional, como ela realmente é.
 
Citarei as distorções mais comuns, talvez você se identifique com algumas:
Ø  Catastrofização: você prevê o futuro negativamente, acreditando sempre que vai acontecer o pior e que será insuportável, de forma que você não conseguirá lidar com a situação. Exemplos: “Se eu não for bem nesta apresentação, será o fim da minha carreira”, “meu filho ainda não chegou em casa, então ele deve ter sofrido um acidente ou até ter sido seqüestrado”;
Ø  Raciocínio emocional: você afirma que algo é verdade simplesmente porque você “sente” que é, sem considerar provas concretas a respeito da situação. Exemplos: “Eu sinto que as pessoas não gostam de mim”, “sinto-me desesperado, então é situação é realmente muito desesperadora”;
Ø  Filtro mental: você foca sua atenção em apenas um detalhe de uma situação ampla, deixando de lado outros aspectos relevantes. Normalmente você considera somente os aspectos negativos, ignorando os positivos. Exemplos: “Por ter tido uma nota baixa em minha avaliação de desempenho (sendo que também haviam muitas notas altas), significa meu trabalho é horrível”, “não estou conseguindo ter um desempenho bom no trabalho, então minha vida não vale nada, ela é um horror (sendo que também tem uma excelente vida familiar, bons relacionamentos, boa saúde, boa índole, bons momentos de lazer)”;
Ø  Leitura mental: é como se você avinhasse o que os outros estão pensando, sem ter nenhuma evidência para isto. Exemplos: “ela está entediada de conversar comigo”; “ele acha que não sou adequada”;
Ø  Generalização: você tira uma conclusão geral através de um evento ou característica específica, ampliando para todas as situações. Exemplos: “nenhuma menina vai querer namorar comigo” (só porque levou um ‘fora’ uma vez); “nenhum homem vale nada” (pelo fato de ter tido uma experiência ruim com um homem);
Ø  Adivinhação: você “prevê” o futuro de uma forma negativa, considerando suas expectativas como fatos. Antecipa problemas que talvez nem venham a existir. Exemplos: “Meu projeto não será aprovado”, “Não me divertirei nesta viagem”.
Estas são algumas das distorções que comumente podem surgir em nossa mente. O desafio é você perceber que estas distorções estão presentes e reinterpretá-las de uma forma racional. No exemplo acima da distorção leitura mental, o pensamento “ela está entediada de conversar comigo” é tomado como verdade e a pessoa já fica triste, imaginando que a outra está realmente entediada e não quer conversar com ela, sendo que ela não tem certeza de que isto é verdade. Compreendeu como esse pensamento distorcido gerou uma emoção negativa? Tente fazer este mesmo raciocínio com os outros pensamentos citados no exemplo acima. E ainda, quando você ficar triste, com raiva, com medo ou outras emoções diante de uma situação específica, verifique que tipo de pensamento pode estar passando pela sua cabeça e se o mesmo não seria uma distorção e, se for, analise ele de uma forma mais racional e sensata. Com certeza isto lhe ajudará a diminuir o seu sofrimento.
 
Espero que você tenha compreendido e tente identificar e reinterpretar os seus pensamentos, isso lhe ajudará bastante!

 

Como traumas de infância podem se transformar em ansiedade na vida adulta?

    Os nossos primeiros anos de vida são determinantes na formação da nossa personalidade e visão de mundo. As experiências que vivemos ...