quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Sinais de que você pode estar com depressão!

Ela é o mal do século. A Organização Mundial de Saúde (OMS) enunciou que a depressão será o problema mais comum do mundo entre 2020 e 2030, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, incluindo o câncer e doenças cardíacas. A depressão atinge cerca de 121 milhões de pessoas ao redor do mundo e está entre as principais causas que contribuem para incapacitar uma pessoa. Somente no Brasil, estima-se que 17 milhões de pessoas sofram com a doença. 
É caracterizada por uma tristeza profunda, uma “dor na alma”. O que a população deve entender é que a depressão é uma doença como qualquer outra, precisa de tratamento. As pessoas não resistem em procurar um médico e tomar medicações para tratar uma diabetes, um problema cardíaco, problemas renais, dores de cabeça, câncer, e tantos outros, mas resistem em procurar um psiquiatra ou psicólogo para tratar a depressão. A depressão não é uma fraqueza e nem falta de força de vontade como muitos acreditam. Quando ela se instala, é porque aconteceu uma série de fatores que contribuíram para o surgimento da síndrome e, assim, existe uma disfunção na produção de neurotransmissores no sistema nervoso que contribui para o humor deprimido, sendo a medicação um componente terapêutico fundamental para regularizar a produção destas substâncias e contribuir para a remissão dos sintomas. Não tenha medo das medicações. Não tenha medo do tratamento psicológico. A utilização de remédios e psicoterapia se mostram muito eficazes para a cura.
Pontuarei 8 sinais principais que caracterizam sintomas de depressão, fique atento:
 
  1- TRISTEZA PROFUNDA SEM UMA CAUSA ESPECÍFICA
É comum todos nós ficarmos tristes diante de um acontecimento ruim. É aquela tristeza que passa com o tempo. Mas a tristeza da depressão é diferente. Ela é profunda e vem de repente, sem ter um acontecimento ruim ou algum aborrecimento. Ela simplesmente aparece e é incontrolável pela pessoa. É como se tudo, de repente, ficasse “cinza” e a vida perdesse o sentido. A pessoa relata sentir uma tristeza “profunda, sem razão e incontrolável”, ou seja, não se consegue simplesmente “pensar positivo” para afastá-la. Na maioria dos casos, há choros freqüentes que vêm “do nada”. 



2- PERDA DE INTERESSE EM ATIVIDADES QUE ANTES TRAZIAM PRAZER
Praticar um esporte, passear com amigos, viajar, namorar, ouvir música, descansar, enfim, quaisquer atividades que antes a pessoa sentia prazer em realizar perdem o sentido. Mesmo que a pessoa se esforce, tente, não sente vontade alguma em realizá-las. Começa a recusar convites e a não querer sair de casa.



3- ALTERAÇÕES NO SONO E NO APETITE 
O sono começa a ficar perturbado. Pode ser que a pessoa não consiga dormir, tenha insônia, sono agitado e muitos pesadelos. O contrário também pode acontecer: sono exagerado, a pessoa quer dormir quase o tempo todo. O sono do depressivo é diferente de o sono de uma pessoa cansada, pois a pessoa com depressão pode querer dormir o tempo todo para não sentir a tristeza que sente quando está acordada e diminuir o contato com a vida.
O apetite também sofre alterações. Na maioria dos casos, a pessoa não consegue comer. É como se houvesse uma trava na garganta que impedisse a comida de descer. Em outros casos, a pessoa pode comer muito, encontrando na comida sua única fonte de prazer.
   


4- 4- DORES NO CORPO SEM CAUSA MÉDICA CONSTATÁVEL
Além da tristeza emocional, a depressão pode causar disfunções fisiológicas, como dores de cabeça, dores musculares, disfunções no aparelho digestivo (vômitos, diarréias), cólicas, dentre outros. Se não houver uma causa médica constatável para estes sintomas físicos, e os outros sintomas psicológicos estiverem presentes, pode ser que as disfunções sejam sintomas da depressão.



5- DIMINUIÇÃO DA CONCENTRAÇÃO NAS ATIVIDADES
O rendimento no trabalho e nos estudos diminui significativamente. A pessoa não consegue se concentrar por muito tempo em uma leitura ou em qualquer atividade mental, em alguns casos, nem mesmo durante um filme que antes lhe interessava. Há maior dificuldade na memorização de informações. A mente começa a divagar constantemente, o que atrapalha a concentração. Mas, importante: isso não significa que há problemas neurológicos ou prejuízos da inteligência; com a melhora da depressão, a concentração, memória e inteligência voltam ao normal, sem nenhuma sequela. 



6- CANSAÇO FORA DO COMUM
Uma atividade que anteriormente a pessoa realizava sem grandes esforços, agora, começa a ficar bastante enfadonha. Qualquer coisa é cansativa demais. Isto porque a depressão causa uma drástica queda na energia. Por exemplo: uma pessoa que tinha uma rotina de trabalhar o dia todo e depois realizar outras atividades, com a depressão, se cansa muito ao fazer somente ¼ do que era acostumada a fazer. No trabalho e nos estudos, a pessoa fica bem mais lenta. Na maior parte do tempo, a pessoa quer ficar deitada, e não raramente, em um quarto escuro.
 

7- ISOLAMENTO SOCIAL
Por causa da falta de interesse nas atividades, a pessoa recusa convites para sair de casa. Mesmo quando está em casa, por causa da tristeza profunda, não tem interesse em conversar, não se engaja em assuntos e não se anima na companhia das pessoas. A falta de compreensão dos outros da magnitude de sua tristeza, o choro constante sem explicação, cobrança de outros para que a pessoa se anime e a própria cobrança interna da pessoa por não conseguir se interessar pelas conversas são fatores que fazem com que o deprimido queira distância do contato social, se isolando cada vez mais.



8- FALTA DE VONTADE DE VIVER E PENSAMENTOS CONSTANTES SOBRE MORTE
Pelo fato de nada animar a pessoa, a tristeza ser constante e incontrolável e a grande dificuldade em realizar qualquer atividade, desde trabalho e estudo à atividades de lazer; a pessoa com depressão começa a não encontrar razão para continuar vivendo. Pensamentos de que a vida não tem sentido, o vazio inexplicável e a dor emocional profunda e incontrolável faz com que os pensamentos de morte se tornem presentes. Em casos mais graves, há tentativas de suicídio.



Se você se identificou com pelo menos 5 destes sinais, procure um médico ou um psicólogo para avaliação. Pode ser que você realmente esteja com depressão. Mas não se assuste e nem desanime: as chances de cura são grandes, você só não pode, de forma alguma, se recusar a se tratar! Quanto antes começar o tratamento, mais rapidamente estes sintomas irão diminuir gradativamente até desaparecerem. Não sofra sozinho, além do tratamento médico e psicológico, que lhe ajudarão muito, procure conversar sobre o que está sentindo, esteja perto de familiares e pessoas de sua confiança. Não alimente os pensamentos de morte, com o tratamento, eles vão passar. Não tenha preconceito em procurar psiquiatra e psicólogo, não é sinal de loucura, são profissionais preparados para lhe ajudar.





sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Expectativas

       No início do ano, é muito comum traçarmos novos planos e metas para serem alcançados no decorrer do ano. As pessoas prometem fazer dietas (entram na academia), tratar melhor seus familiares, estudar mais, trabalhar mais, passar em um concurso, casar, economizar dinheiro, mudar hábitos, etc. Começam a investir energia, tempo e dinheiro para que as metas sejam cumpridas. Algumas vezes, estes objetivos realmente se concretizam, em outros, não.
       Mais importante do que os objetivos de fato se realizarem ou não, é a forma com que você encara a vida. A maneira com que você interpreta as situações. A forma com a qual você lida com as expectativas e as deposita sobre si mesmo, sobre os outros e sobre as situações. O acúmulo de expectativas e situações mal-resolvidas geram estresse. Por exemplo: você se propôs a fazer dieta mas, no primeiro mês, por descuido, não conseguiu emagrecer e até ganhou peso. O que você deveria fazer? Seguir uma dieta, rotina de exercícios físicos, mudança de hábitos; estas soluções são racionais, lógicas e diretas. Mas, se ao invés disso, você ficar reclamando esse cobrando “por que eu não consegui?”, “realmente emagrecer não é pra mim”, “eu sou fraco, não tenho força de vontade”; isso é uma forma distorcida de encarar a situação e, assim, sua meta será acompanhada de estresse e, conseqüentemente, desânimo.
       Estabeleça metas e corra atrás delas, mas não se cobre e nem se culpe excessivamente se algo não der certo. Ao invés disso, pare,pense e analise a situação: Por que não deu certo? Pode ser que o seu tempo tenha sido curto. Pode ser que sua meta não tenha sido realística. Pode ser que não tenha surgido oportunidades (ex: não saiu o concurso público que você esperava). Pode ser que tenham surgido gastos extras e não tenha sobrado dinheiro. Enfim, muitas variáveis envolvidas. Mas pode ser também falta de empenho pessoal. Independente do que seja, ao invés de reclamar e se culpar, adote soluções racionais, lógicas e práticas, para que o estresse não aconteça e você não desanime.

Que 2015 seja um ano de realização de sonhos para você!

Como traumas de infância podem se transformar em ansiedade na vida adulta?

    Os nossos primeiros anos de vida são determinantes na formação da nossa personalidade e visão de mundo. As experiências que vivemos ...