sexta-feira, 4 de abril de 2014

Desenvolvendo Auto-estima na Criança

Muitas pessoas possuem baixa auto-estima. Na prática clínica, percebo que a gênese de grande parte das queixas psicológicas está em uma auto-estima não adequada. Talvez você mesmo, querido leitor, possui uma visão distorcida de si mesmo. Quem sabe, em determinadas situações, você se sinta inferior, menos capaz, não amado, mais feio, e tantas outras características que te deixam “pra baixo”. Você se percebe menos valoroso do que realmente é. Se você é assim, ou conhece alguém assim, saiba que isso se originou durante a infância.
Observo que, atualmente, o problema de baixa auto-estima está aumentando. Isso porque os pais estão mais ausentes, muitos terceirizam o cuidado dos filhos (para babás, avós, escolas) e não provêem o amor que a criança tanto precisa sentir por parte dos pais. Não critico os pais por deixarem os filhos em uma escolinha ou contratarem uma babá; muito pelo contrário, são alternativas, muitas vezes, necessárias por causa da rotina de trabalho que as mães precisam enfrentar. Contudo, você, pai ou mãe, não pode esquecer-se do que é fundamental: PROVER AUTO-ESTIMA NA CRIANÇA É FUNÇÃO EXCLUSIVA DOS PAIS. Isso mesmo! Os avós, a escola, os professores, por mais que cuidem e amem a criança, não provêem nela a auto-estima de que necessita. Se a criança não se sentir amada pelos pais, por mais que seja amada por outros, sempre irá ficar uma lacuna na visão que ela tem de si mesmo, e ela sempre se comportará de modo a “chamar a atenção” dos pais, que são os genitores.
AUTO-ESTIMA = VISÃO QUE A PESSOA TEM DE SI MESMO 
Querido pai ou querida mãe, a infância é o momento em que o seu filho precisa se sentir amado por você. Isso é fundamental para o desenvolvimento emocional saudável. Se isso não acontecer, você pode perceber a sua criança com alguns dos seguintes comportamentos e/ou sentimentos: triste; agressiva para ter a atenção dos pais; problemas de aprendizagem; problemas de relacionamento (o tempo todo ela vai “testar” se é amada); ansiosa; problemas de sono ou alimentação; pode fazer xixi na cama; dentre outros. Pais, levem em conta os seguintes aspectos:
      - Atitude primordial dos pais para prover a auto-estima de seu filho: demonstrar que o ama simplesmente pelo fato de ele existir, e não somente quando faz algo bom.
      - A auto-estima se desenvolve quando os pais têm como prioridade o filho, e não o comportamento do filho.
Se os pais não considerarem estes aspectos, seus filhos se tornarão, como muitos, pessoas que só se sentem amadas e valorizadas quando fazem algo bom e correto. Quando erram, ou perdem algo, ou não conquistam algo, se sentem não amadas, desvalorizadas. Por exemplo: uma pessoa com baixa auto-estima, se perder o emprego, achará que perdeu todo o seu valor; ela não entende que o seu valor é real pelo simples fato de ela existir, e não pelo que tem ou faz.
Se você é pai ou mãe, peço para que avalie as atitudes a seguir em relação ao seu filho nos últimos meses. Se a maioria das respostas for “sim”, você está no caminho certo: está provendo auto-estima para seu filho e ele possui uma grande base para ser uma pessoa emocionalmente saudável. Contudo, se a maioria das respostas for “não”, repense, procure mudar suas atitudes e sua postura, pelo bem de seu filho.
1. Eu tive tempo para conversar e fazer algumas atividades com meu filho, sem pressa para encerrar logo a interação?
2. Eu ensinei meu filho a fazer alguma coisa?
3. Eu saberia dizer que atividades meu filho gostaria de fazer em minha companhia?
4. Eu saberia dizer que atividades meu filho gostaria de fazer sem mim, com os amigos dele?
5. Eu fiz algo com ele para agradá-lo e não para me agradar?
6. Eu lhe dei alguma demonstração clara de atenção, de carinho, de amor?
7. Eu valorizei alguma coisa que ele fez, sem especificar critérios de qualidade ou nível de desempenho?
8. Eu lhe dei alguma forma de atenção, carinho, sem exigir antes nenhuma forma de comportamento adequado?
9. Eu abracei meu filho, disse-lhe que o amo, que senti saudades dele, no exato momento em que me encontrei com ele, sem me preocupar com seus comportamentos, se estava suado, com roupa suja, despenteado etc.?
10. Eu lhe dei alguma coisa de que ele gosta: uma bala, uma figurinha, uma flor, simplesmente porque me lembrei dele (não do que ele fez)?


SE precisar de uma orientação mais completa, procure a CLÍNICA DE PSICOLOGIA DRA. LUCIANA RODRIGUES, teremos prazer em orientá-lo.
Desenvolva a auto-estima em seu filho. Sucesso no seu desafio.

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