Muitos pais e professores possuem uma
dúvida constante: é normal que meu filho ou aluno tenha um determinado medo
nesta idade? Já era para ter passado, ou é normal que o tenha? É para estes esclarecimentos que gostaria de
informar para você que é pai, mãe, professor (a), avô ou avó, cuidador, ou
simplesmente convive e possui crianças e adolescentes sob sua responsabilidade.
Considero que seja importante o
conhecimento sobre quais são os medos comuns e esperados para cada faixa etária
da vida da criança e, em cada faixa etária, quais medos tendem a diminuir,
quais aumentam e quais costumam ficar constantes.
Se você perceber que sua criança
possui um medo que já era para ter superado na idade em que está, não se
desespere, é necessário analisar quais fatores no cotidiano dela podem estar
contribuindo para que este medo permaneça e, só assim, diagnosticarmos se é
patológico ou não. Se for patológico, uma intervenção psicoterapêutica se faz
necessária, mas não sem antes avaliar todos os fatores envolvidos.
Aqueles medos que são comuns da idade
tendem a passar com o tempo, a medida em que a criança vai amadurecendo suas
cognições e aprendendo a lidar melhor com o mundo; por isso, esses medos
inicialmente não se tornam um motivo de grande preocupação.
CRIANÇA DE 0 A 2 ANOS
Perda
brusca da base de sustentação: sair do colo dos pais e cuidadores e de seu
ambiente de refúgio.
Separação
dos pais, ou de um dos pais.
Mudança
de ambiente: estar em um lugar diferente do habitual.
Ruídos
fortes (aspiradores, sirenes, alarmes, caminhões, trovões).
Animais.
Pequenas
feridas no corpo.
Escuro.
Objetos
e máquinas grandes.
CRIANÇA DE 3 A 5 ANOS
Estranhos.
Perda
brusca da base de sustentação: sair do colo dos pais e cuidadores e de seu
ambiente de refúgio.
Medos que permanecem constantes:
Ruídos
fortes (incluindo ruídos à noite).
Separação
do pai ou da mãe (ir à escola ou em outros lugares em que fica por muito tempo
na ausência dos pais).
Escuro.
Máscaras.
Medos que tendem a aumentar:
Pessoas
fantasiadas (papai Noel, palhaços, fantasias de animais).
Pessoas
“más” (ladrões, “homens que roubam criancinhas”).
Danos
físicos (de machucados).
CRIANÇA DE 6 A 8 ANOS
Medos que tendem a diminuir:
Ruídos
fortes.
Pessoas
fantasiadas
Medos que permanecem constantes:
Separação
dos pais.
Animais.
Escuro.
Medos que tendem a aumentar:
Seres
imaginários (bruxas, fantasmas, extraterrestres).
Tempestades
(raios e trovões).
De
dormir sozinho e de ficar sozinho,
De
Escola (do ambiente escolar).
Acontecimentos
da mídia (notícias sobre guerra ou rapto de crianças).
CRIANÇA DE 9 A 12 ANOS
Medos que tendem a diminuir:
Separação
dos pais.
Escuro.
Seres
imaginários.
Ficar
sozinho.
Medos que permanecem constantes:
Danos
físicos.
Tempestades.
Medos que tendem a aumentar:
Escola
(provas, suspensões).
Aparência
física.
Relações
sociais (amizades, namoros).
Morte.
Observe e avalie o medo de sua criança!
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