Muitas
pessoas possuem baixa auto-estima. Na prática clínica, percebo que a gênese de
grande parte das queixas psicológicas está em uma auto-estima não adequada. Talvez
você mesmo, querido leitor, possui uma visão distorcida de si mesmo. Quem sabe,
em determinadas situações, você se sinta inferior, menos capaz, não amado, mais
feio, e tantas outras características que te deixam “pra baixo”. Você se
percebe menos valoroso do que realmente é. Se você é assim, ou conhece alguém
assim, saiba que isso se originou durante a infância.
Observo
que, atualmente, o problema de baixa auto-estima está aumentando. Isso porque
os pais estão mais ausentes, muitos terceirizam o cuidado dos filhos (para
babás, avós, escolas) e não provêem o amor que a criança tanto precisa sentir
por parte dos pais. Não critico os pais por deixarem os filhos em uma escolinha
ou contratarem uma babá; muito pelo contrário, são alternativas, muitas vezes,
necessárias por causa da rotina de trabalho que as mães precisam enfrentar. Contudo,
você, pai ou mãe, não pode esquecer-se do que é fundamental: PROVER AUTO-ESTIMA
NA CRIANÇA É FUNÇÃO EXCLUSIVA DOS PAIS. Isso mesmo! Os avós, a escola, os
professores, por mais que cuidem e amem a criança, não provêem nela a auto-estima
de que necessita. Se a criança não se sentir amada pelos pais, por mais que
seja amada por outros, sempre irá ficar uma lacuna na visão que ela tem de si
mesmo, e ela sempre se comportará de modo a “chamar a atenção” dos pais, que
são os genitores.
Querido
pai ou querida mãe, a infância é o momento em que o seu filho precisa se sentir
amado por você. Isso é fundamental para o desenvolvimento emocional saudável. Se
isso não acontecer, você pode perceber a sua criança com alguns dos seguintes
comportamentos e/ou sentimentos: triste; agressiva para ter a atenção dos pais;
problemas de aprendizagem; problemas de relacionamento (o tempo todo ela vai “testar”
se é amada); ansiosa; problemas de sono ou alimentação; pode fazer xixi na
cama; dentre outros. Pais, levem em conta os seguintes aspectos:
- Atitude primordial dos pais para prover
a auto-estima de seu filho: demonstrar que o ama simplesmente pelo fato de ele
existir, e não somente quando faz algo bom.
- A auto-estima se desenvolve quando os
pais têm como prioridade o filho, e não o comportamento do filho.
Se
os pais não considerarem estes aspectos, seus filhos se tornarão, como muitos,
pessoas que só se sentem amadas e valorizadas quando fazem algo bom e correto. Quando
erram, ou perdem algo, ou não conquistam algo, se sentem não amadas,
desvalorizadas. Por exemplo: uma pessoa com baixa auto-estima, se perder o
emprego, achará que perdeu todo o seu valor; ela não entende que o seu valor é
real pelo simples fato de ela existir, e não pelo que tem ou faz.
Se você é pai ou mãe, peço para que avalie as atitudes a seguir em relação ao seu
filho nos últimos meses. Se a maioria das respostas for “sim”, você está no
caminho certo: está provendo auto-estima para seu filho e ele possui uma grande
base para ser uma pessoa emocionalmente saudável. Contudo, se a maioria das
respostas for “não”, repense, procure mudar suas atitudes e sua postura, pelo
bem de seu filho.
1. Eu tive tempo
para conversar e fazer algumas atividades com meu filho, sem pressa para
encerrar logo a interação?
2. Eu ensinei
meu filho a fazer alguma coisa?
3. Eu saberia
dizer que atividades meu filho gostaria de fazer em minha companhia?
4. Eu saberia
dizer que atividades meu filho gostaria de fazer sem mim, com os amigos dele?
5. Eu fiz algo
com ele para agradá-lo e não para me agradar?
6. Eu lhe dei
alguma demonstração clara de atenção, de carinho, de amor?
7. Eu valorizei
alguma coisa que ele fez, sem especificar critérios de qualidade ou nível de
desempenho?
8. Eu lhe dei
alguma forma de atenção, carinho, sem exigir antes nenhuma forma de
comportamento adequado?
9. Eu abracei
meu filho, disse-lhe que o amo, que senti saudades dele, no exato momento em que
me encontrei com ele, sem me preocupar com seus comportamentos, se estava
suado, com roupa suja, despenteado etc.?
10. Eu lhe dei
alguma coisa de que ele gosta: uma bala, uma figurinha, uma flor, simplesmente
porque me lembrei dele (não do que ele fez)?
SE precisar de uma orientação mais completa, procure a CLÍNICA DE PSICOLOGIA DRA.
LUCIANA RODRIGUES, teremos prazer em orientá-lo.
Desenvolva
a auto-estima em seu filho. Sucesso no seu desafio.